O Futuro da Energia

O Futuro da Energia

domingo, 3 de outubro de 2010

Energia eólica terá leilões anuais


Após o sucesso inesperado das eólicas no último leilão de energia realizado há um mês, o governo já sinaliza coma possibilidade de colocar a fonte de vez nas rodadas anuais de negociação. "A energia eólica já chegou agora em uma fase em que está competitiva", analisou Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão do Ministério de Minas e energia (MME), em evento em São Paulo no início desta semana. "Realizamos estes leilões todos os anos. Não tem por que a energia eólica não estar", disse.A fonte já foi incluída em dois destes leilões desde o ano passado, em uma espécie de piloto, já que, por ser uma tecnologia mais jovemdas disponíveis atualmente, tendia também a ser a mais cara. No último evento, no entanto, alcançou deságios na faixa dos 26% e se converteu subitamente em uma dasmais baratas.

A garantia de leilões regulares era a única indefinição que restava que pudesse inibir investimentos e a entrada de novos interessados no negócio no Brasil. "Se não há continuidade para o programa, não se criam as condições necessárias nem para atrair fabricantes e consolidar uma cadeia de fornecedores no país, nem para formar uma base de tecnologia e pesquisa", defende o diretor de gestão da Associação Brasileira de energia Eólica (ABeeólica), Otávio Silveira.

É algo similar ao que aconteceu como Proinfa, programa de incentivo a fontes alternativas, lançado em 2002 como medida pós-apagão, que primeiro colocou a energia eólica no mapa brasileiro. Foi de lá que saíram os primeiros 1,4 mil megawatts de parques contratados - "mas, como não houve continuidade de política, isso não evoluiu", conta Silveira. Isso explica estes projetos estarem sendo concluídos apenas agora, oito anos depois. Os primeiros 700 MW foram instalados em2009 e, até final de 2010, serão concluídos os demais 700MW.

Leilões e indústria nascente Depois do programa de 2002, as eólicas só voltaram ao planejamento de governo no ano passado, quando, após meses de adiamentos, finalmente se fez o primeiro leilão para a fonte. Realizado em dezembro, o leilão negociou 1,8 milMWde parques a serem construídos até 2012.

No mês seguinte, uma série de fabricantes já anunciava projetos, engavetados até então na espera por demanda, de implantar fábricas Brasil - caso das multinacionais GE, Siemens, Vestas, Alstome outras. "A implantação dessa indústria é irreversível. Mas, não havendo continuidade, é menos custoso para elas desativarem o parque do que se manterem sem atividade", diz Silveira, da Abeeólica. Nos cálculos da associação, a fonte precisa ter leilões regulares por pelo menos 10 anos para consolidar o mercado no Brasil e, com sorte, ainda fazer do país base de exportação para aAmérica Latina.

Segundo o presidente da EPE, é natural que a fonte componha regularmente os próximos leilões. A intenção é que integrem os chamados A-3, que vendem para as distribuidoras a energia a ser utilizada três anos à frente. Estes leilões são realizados anualmente, desde 2005, com o objetivo de garantir o abastecimento futuro.

Nos últimos anos, priorizaram as térmicas, mais rápidas e baratas de entrarem em serviço, mas mais poluentes. A partir deste ano, o objetivo do governo é priorizar as fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas e biomassa.

Por maior retorno, eólica busca equipamento chinês


Preocupado com a queda cada vez maior do preço final do megawatt nos leilões de energia eólica, Otávio Silveira, presidente da Galvão energia, pretende pesquisar na China equipamentos necessários para suas usinas.

A empresa, que arrematou a concessão de quatro usinas de geração de energia eólica a serem implantadas no Rio Grande do Norte, no mês passado, tem de investir R$ 1,5 bilhão em equipamentos, segundo Silveira.

"Na China, o valor da compra cairia de 15% a 20%, mas seria R$ 1,5 bilhão que poderia estar investido no Brasil e vai para fora, gerando emprego para chineses", diz.

"Diferentemente de americanos e europeus, não trazem a fábrica para o Brasil. O emprego fica lá e eles vendem com uma solução de financiamento acoplada", afirma Silveira.

"Ficamos entre pensar no país e na sobrevivência da empresa."

A Galvão energia vendeu cada MW pouco acima dos R$ 134,50, dentro do preço médio atingido no primeiro leilão de 26 de agosto, o LFA (Leilão de Fontes Alternativas), enquanto as empresas que participaram do segundo leilão ocorrido no mesmo dia, o LER (Leilão de energia de Reserva), venderam a mesma energia por cerca de R$ 122,00 em média.

A queda de quase 10% sobre os preços médios do primeiro leilão- que já representaram um patamar inferior ao leilão feito em 2009 e à expectativa do mercado- provocada pela forte concorrência no setor, começa a inviabilizar empreendimentos.

"Não acreditamos que esse preço vá se sustentar, mas, como empreendedores, não podemos esperar", afirma.

"O governo produz tanta competição na geração de energia eólica que isso começa a comprometer a saúde do setor"

"Com 2.000 MW por ano comercializados pelas empresas, R$ 6 bilhões em equipamentos podem deixar de ser comprados no Brasil"

Eólica atrai grandes consumidores


A energia eólica começa a mostrar preços mais atraentes e ganhar espaço entre os grandes consumidores de energia em contratos de longo prazo.

A participação dela ainda é limitada. Não seria suficiente para abastecer todo o mercado livre, das grandes indústrias que consomem mais de 3 MW e representam cerca de 25% do consumo de energia no país.

Seu preço, entretanto, está bem atraente, em cerca de R$ 135 por MWh, conforme o resultado do último leilão, realizado neste ano.

"Em contratos de longo prazo de energia de grandes hidrelétricas, por exemplo, o MWh sai a cerca de R$135. Mas a eólica tem a vantagem de um desconto de tarifa de transporte, por ser renovável", afirma Marcelo Parodi, sócio da comercializadora de energia Compass.

O avanço na competitividade da eólica é creditado a razões como a evolução tecnológica e o incentivo do governo, segundo Antônio Fraga Machado, presidente da Câmara de Comercialização de energia Elétrica.

A realização de projetos como o Proinfa (programa do governo para estimular fontes renováveis) e os leilões de 2009 e deste ano resultaram em redução gradativa no custo da eólica, diz ele.

"Em 2003, no Proinfa o custo do MWh ficou na casa dos R$ 200. Em 2009, o leilão ficou em torno de R$ 145. No deste ano, caiu para R$ 135."

A eólica é mais competitiva que outras formas ofertadas, segundo Lúcio Reis, da Anace (associação de consumidores de energia).

Enase 2010: agentes apresentam contribuições do setor para debates eleitorais

A carta "Energia para o Futuro - A visão do setor elétrico" foi apresentada nesta quarta-feira, 29 de setembro, durante o 7º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, realizado no Rio de Janeiro. O documento, do qual participam 12 associações do setor, apresenta a visão de todos os segmentos do setor elétrico sobre os desafios a serem enfrentados por esse segmento nos próximos anos, além de ser uma contribuição aos debates da campanha presidencial.


No texto, os agentes reafirmam sua posição em favor do desenvolvimento sustentável - ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável - e convidam aqueles que decidirão os destinos do país a assumir compromissos identificados pelo setor. O foco das propostas está na contribuição que a indústria da energia elétrica pode trazer ao país e não em em interesses específicos de cada segmento do setor elétrico.
Segundo a carta, a maior contribuição possível é a oferta de energia seguindo os mais rigorosos requisitos de qualidade, segurança e modicidade tarifária e de preços, o que só será alcançado com a articulação das diversas áreas do governo e a mobilização dos agentes envolvidos.


Além disso, os agentes afirmam que, a partir da valorização dos elos de sua cadeia produtiva - geração, autoprodução, transmissão, distribuição, comercialização e consumo - e da diversidade da sua matriz de fontes e de tecnologias, o setor elétrico tem capacidade para responder pelos investimentos necessários e pela oferta da eletricidade insdispensável ao desenvolvimento do país.

EPE prevê crescimento de uso de energia eólica no país


A energia eólica está se tornando uma possibilidade real de manter o alto nível de participação de energias renováveis na matriz energética brasileira, acredita o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. O potencial desse tipo de energia no país pode chegar ao equivalente a 20 usinas de Itaipu.

Tolmasquim disse que nos leilões de fontes alternativas da semana passada, a energia gerada a partir dos ventos se mostrou bastante competitiva em termos de preço. Até então, tinha-se a visão de que a energia eólica era interessante ambientalmente, mas sua participação seria limitada devido ao elevado custo de produção quando comparadas às usinas hidrelétricas ou mesmo térmicas.

"O programa de incentivo às fontes alternativas de energia elétrica teve o mérito de trazer a fonte eólica para a nossa realidade", disse o presidente da EPE, que participou ontem do Brasil Windpower, no Rio.

O potencial de energia eólica estimado para o Brasil é de geração de 143 mil megawatt (MW). No entanto, esse estudo foi feito para torres geradoras de energia de até 50 metros de altura. Mas a tecnologia atual já permite torres de mais de 100 metros, aumento do potencial estimado em quase duas vezes.

De acordo com o Plano Decenal de Energia, o Brasil precisará expandir a capacidade instalada de energia elétrica em mais 63 mil MW. Do total, 71% já foram contratados, incluindo-se a energia dos leilões da semana passada. A expectativa é que haja uma redução da participação da energia hidrelétrica, de 78% da matriz nacional para 70%. Mas o patamar de energias renováveis deve ser mantido, acredita Tolmasquim, ampliando a participação de fontes alternativas de 7% para 14%.

O barateamento dos equipamentos de energia eólica e as melhores condições de financiamento, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), quebraram o paradigma do setor e permitiram a ampliação de sua participação nos leilões.

Com isso, o presidente da EPE acredita que a energia eólica pode deixar de ser considerada uma fonte de reserva - contratada apenas como excedente para dar garantia ao sistema - e pode passar a disputar com a biomassa nas fontes alternativas, contratadas para atender às necessidades reais das distribuidoras de energia.

Renova investe R$ 1,2 bi em 15 parques na Bahia


A Renova Energia vai investir R$ 1,2 bilhão em parques eólicos na Bahia nos próximos anos. A empresa, que saiu vencedora no primeiro leilão de fontes alternativas de energia realizado no final do ano passado, quando vendeu 270 megawatts (MW) de 14 parques, comercializou 30% do volume do Leilão de Energia de Reserva, em agosto deste ano, com a venda de 78 MW de seis parques. Controlada pela RR Participações, dos empresários paulistas Ricardo Delneri e Renato Amaral, a Renova tem entre seus sócios o Banco Santander, o Fundo InfraBrasil e o FIP Caixa Ambiental.

O maior Parque Eólico em alto mar instalado ao largo da costa britânica














Composto por 100 turbinas capazes de produzir suficiente energia eléctrica para abastecer 200 000 lares o “Thanet” vai ser inaugurado na próxima semana.


Entrará em funcionamento na próxima semana aquele que é o maior parque eólico em alto mar do mundo. O “Thanet”localizado a 12 Km de Foreness point (Reino Unido) é composto por 100 turbinas que produzirão 300 MW de electricidade, abastecendo 200 000 lares.


Operada pela companhia de electricidade sueca Vattenfall, esta infraestrutura é maior que parque eólico de "Kentish Flats", localizado não muito longe, mas parecerá diminuta quando entrar em funcionamento o "London Array", que será composto por 340 turbinas.


Estes empreendimentos fazem parte da estratégia do Reino Unido aproveitar o potencial da energia eólica enquanto fonte de energia limpa, que actualmente é gerada sobretudo a partir de energia hídrica.

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